quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

HOMENAGEM - The Cure "Killing an Arab"



Robert Smith é o líder e o único membro fixo da banda The Cure, desde a sua formação inicial. Nasceu em Blackpool, Inglaterra, em 21 de Abril de 1959, e ainda em criança mudou-se para a periferia da cidade de Crawley. Segundo a história, formar uma banda de rock foi a saída óbvia para o rapaz tímido e estranho que usava maquilhagem e roupas pretas, tendo sido expulso da escola por ser considerado uma má influência para os outros alunos. Robert admitiu que a inspiração para uma banda foram os Clash. Aos 16 anos, formou com companheiros de escola a banda Easy Cure que seria o embrião da banda The Cure, precursora e principal divulgadora do rock que viria a ser conhecido como gótico, marcado por visual e letras depressivas, batida acelerada e dançavel.

Neste mês faz trinta anos que uma demo com a música "Killing An Arab" caiu nas mãos de Chris Parry, um executivo da editora Polydor que impressionado com a música e principalmente com a atitude estranha e original da banda, resolveu apostar na produção de um single. Esta música foi inspirada no livro de Albert Camus "The Stranger". Não é uma canção racista, mas causou muita controvérsia devido ao título. O livro fala sobre o existencialismo, o título "Killing An Arab" foi retirado de uma passagem onde o personagem principal pensa no vazio da vida depois de matar um homem numa praia. Em Concertos ao vivo Robert Smith trocou muitas vezes o título original e cantou "Kissing an arab".
O single foi lançado em Dezembro de 1978 e foi seguido de um intenso trabalho, de divulgação e concertos, que esgotou, desde logo, a primeira edição e embora a música não tenha chegado aos primeiros lugares dos tops, a boa repercussão foi suficiente para que a banda pudesse gravar o seu primeiro longa duração, o clássico "Three Imaginary Boys", em 1979, cuja capa não trazia nenhuma foto da banda, somente três electrodomésticos. Os singles que se seguiram, "Boys Don't Cry" e "Jumping Someone Else’s Train", seriam sucessos ainda maiores. No final de 1979, os The Cure já tinham tido duas mudanças na sua formação e desde então nenhum componente durou muito tempo. Até 1982, a banda prosseguiu como um trio - Roberth Smith na guitarra, voz e sintetizadores, Laurence Tolhurst na bateria e mais tarde nos teclados e Simon Gallup no baixo. O segundo álbum, "17 Seconds" de 1980, marcou um avanço na técnica de estúdio da banda, com muito experimentalismo, teclados e arranjos muito elaborados, que os caracterizariam a partir de então. É deste disco o seu primeiro grande sucesso, "A Forest". A banda torna-se num grande sucesso na Inglaterra e arrisca a sua primeira digressão mundial. Todos os discos desde então apenas viriam a confirmar a sua popularidade crescente. Para vêr e ouvir deixo-vos com a primeira apresentação ao vivo num programa de televisão em 1979.



A primeira vez que os Cure visitaram Portugal foi em 28 de Junho de 1989 para um concerto no estádio de Alvalade. Mais tarde regressaram aos Festivais de Verão, em 1995 vieram ao primeiro Super Bock Super Rock (9/07), em 1998 ao Sudoeste (7/08), em 2002 visitaram novamente a Zambujeira do Mar (4/08) e em 2004 foram a Vilar de Mouros (17/07). Este ano no dia 8 de Março estiveram no Pavilhão Atlântico.

1 comentário:

sakiko wang disse...

Ora cá está mais uma bela redescoberta pela memória do mestre! : ) *