segunda-feira, 28 de julho de 2008

Discos Twenty Years - My Bloody Valentine "Isn´t Anything"



A história dos My Bloody Valentine começa em 1984 em Dublin, Irlanda, quando Kevin Shields (guitarra) e Colm O'Ciosoig (bateria) formam uma banda com Dave Conway(vocalista) e Tina(teclas). Em 1986, quando a banda se estabelece em Londres a baixista Debbie Googe passa a fazer parte dela. Depois de alguns trabalhos editados, é com o seu terceiro EP, "The New Record By My Bloody Valentine", que começam a mostrar alguma mudança no som, com algumas influências, evidentes, dos The Jesus And Mary Chain. No fim de 1987, ocorre uma mudança que define o rumo da carreira da banda, o vocalista Dave Conway saí e é substituido por Bilinda Butcher, que também é guitarrista, mas cujo vocal etéreo mostra-se perfeito para os rumos que a banda estava a seguir.
O potencial do novo som dos My Bloody Valentine foi revelado no seu primeiro álbum, "Isn't Anything", de 1988 e editado pela Creation Records. O disco foi amplamente festejado pela imprensa britânica, e conquistou uma legião fiel de fãs. Após a edição de mais 4 ep´s, finalmente e já no final de 1991, "Loveless" foi lançado e justificou a expectativa do público e crítica. Um álbum clássico que leva muito mais longe tudo o que os My Bloody Valentine já tinham feito. Retirando as fronteiras entre a distorção e a delicadeza, o pop e o abstrato, "Loveless" tem um som muito denso que ao mesmo tempo soa caótico e calculado, podendo causar estranheza a quem o escuta pela primeira vez, mas que aos poucos se revela um trabalho brilhante e único. Desta forma termina a história desta banda que no passado dia 13 de Junho e passados 15 anos, regressou para iniciar uma digressão mundial, depois dos My Bloody Valentine voltarem a ganhar visibilidade através da banda sonora do filme "Lost in Translation" (2003), de Sofia Copolla.
O termo Shoegazing surgiu com eles, não só devido à sonoridade produzida, mas principalmente devido à sua postura em palco. A performance tímida chegava ao ponto de os músicos ficarem o tempo todo a olhar para o chão, sem comunicar e sem encarar o público, ou seja, os músicos durante os espectáculos iam "olhando para os sapatos" e daí nasce Shoegazer.


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4 comentários:

O Puto disse...

"Loveless" é um dos discos da minha vida e foi uma das minhas primeiras compras em CD.

Barbed Wire disse...

Antes do Isn't Anything, não foi editado o Ecstasy and Wine?

aBell Montenegro disse...

O "Ecstasy and Wine" é uma compilação, editada em 1989, que reúne os 2 Ep´s de 1987 ("Ecstasy" + "Strawberry Wine"), que marcam a entrada de Bilinda Butcher na banda. No fundo e depois do sucesso obtido com "Isn´t Anything"(Creation Records) é a anterior editora dos My Bloody Valentine, a Lazy Records a tentar rentabilizar o seu catálogo, aproveitando essa onda de sucesso.

rita maria josefina disse...

'Loveless' é daqueles discos intemporais. e é curioso ver a quantidade de bandas novas que surgem ainda nos dias de hoje, fruto das roupagens a que os MBV davam uso.