sábado, 26 de abril de 2008

HOMENAGEM: Adrian Borland



Adrian Borland foi o líder da banda Inglesa THE SOUND e sinto que nunca se fez justiça a um dos mais brilhantes projectos musicais de todos os tempos e que ainda hoje são referência e objecto de plagio de muitas bandas famosas que vão enchendo "coliseus" e "festivais". Apesar da crítica especializada os ter aplaudido desde o primeiro ao último trabalho, não foi o suficiente para eles serem reconhecidos pelo público inglês, que nesta altura acarinhava bandas mais mediáticas como os The Smiths, The Cure, Joy Division e os Echo & the Bunnymen. O facto de eles não terem tido distribuição dos seus álbuns nos Estados Unidos contribuiu, também, para a sua invisibilidade.

Os The Sound foram formados em 1979 e terminaram em 1987. Durante esta carreira de 8 anos lançaram 2 Eps (Physical World e Shock of Daylight) e 5 Lps (Jeopardy, From the Lions Mouth, All Fall Down, Heads and Hearts, In the Hothouse e Thunder Up) que, para mim, vão do bom ao espectacular. Em 1989 ADRIAN BORLAND inicia uma carreira a solo e realiza 6 albuns, "Alexandria"(1989) e "Brittle Heaven"(1992) com a banda suporte The Citizens, seguem-se "Beautiful Ammunition"(1994), "Cinematic"(1995) e "5:00 AM"(1997).

Em 1999 entra em estúdio para gravar "Harmony and Destruction" e ao mesmo tempo começa a mostrar sinais de uma velha doença que o foi consumindo desde 1987. A Depressão é na realidade uma doença que altera a maneira como uma pessoa: vê o mundo, sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções e sente a disposição e o prazer com a vida. Faz hoje 9 anos que Adrian Borland numa manhã de segunda-feira termina a sua vida de uma forma radical, atirando-se para os trilhos do metro da estação de Wimbledon, Londres.

Foram 41 anos de uma obra imensa da qual fiz um pequeno resumo, mas podem vêr mais aqui. Para terminar quero fazer referência à mais bonita homenagem que alguém lhe podia ter feito. A ideia surgiu ao Rodrigo Cardoso que simplesmente baptizou, a mais importante e dinâmica editora independente discográfica portuguesa, deste século, com o nome Bor Land.

1 comentário:

sakiko wang disse...

E lembrei-me do verão escaldante de 93, em que comecei a ouvir mais atentamente The Sound e fui pela primeira vez ao Mercedes. hehe *