segunda-feira, 31 de março de 2008

HOMENAGEM - Jeffrey Lee Pierce


JEFFREY LEE PIERCE era um jovem californiano, fanático por rock que chegou a editar nos anos 70, vários fanzines dedicados ao rock como é exemplo o Slash. Jeff era louco por Blondie a ponto de ser o Presidente do clube de fans oficial da banda. Inspirado por bandas como X, Television, The Cramps, ele fundou os THE GUN CLUB, uma proposta inovadora de blues, punk, rockabilly e rock´n´roll, donde surgiriam nomes como Kid Congo Powers (the cramps e nick cave and the bad seeds) e Patricia Morrison(sister´s of mercy e the damned).


Hoje faz 12 anos que morreu de ataque de coração. Da sua vasta obra quero salientar dois discos obrigatórios e duas músicas para sempre. Wildweed é um disco a solo gravado em 1985 donde destaco "Sex Killer", Fire of Love é o primeiro trabalho dos THE GUN CLUB editado em 1981 que contém "Sex Beat" tema que o irá imortalizar e tema pelo qual tenho grande carinho por me fazer lembrar outros tempos.

quinta-feira, 27 de março de 2008

20 YEARS PARTY PEOPLE (part II)

Na próxima sexta-feira, 28 de Março, continua mais uma festa de celebração de 20 anos. A última foi um verdadeiro êxito e graças ao Puto provamos que realmente todos os presentes, sofrem de uma doença.
O próximo convidado chama-se Sérgio Rocha aka MM.

Designer de profissão, desde 1996 que tem colaborado com "o meu Mercedes". Adepto fervoroso de música, foi o primeiro a descobrir a expressão MM, como forma de contrariar a expressão DJ.
Mais uma vez confusos? Eu passo a explicar.
A expressão MM é uma doença musical, que quer dizer Mete Música, que no fundo é o que o Sérgio MM vai fazer dia 28, com ajuda de vacinas.
Eu, com a ajuda do nosso dicionário ainda encontrei outras variantes desta doença:
-IQ - Introduzir Qualquer composição musical
-IA - Inserir Arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons
-IE - Incluir Execução de uma peça musical
-CQ- Colocar dentro Qualquer conjunto de sons agradáveis
Se tem qualquer um destes sintomas, pela sua saúde, não falte.


Aviso Importante:

1-Não podem receber esta vacina, todos os que receberam vacina contra o Sarampo, Rubéola ou que se curaram destas doenças há menos de quatro semanas atrás.
2- Especial cuidado devem tomar ao receber a vacina, todos os que estão em tratamento por problemas do coração, pulmões e fígado.

terça-feira, 25 de março de 2008

Discos Twenty Years: Cocteau Twins "Blue bell knoll"


Banda escocesa formada em 1979, cujo nome "Cocteau Twins" é retirado de uma música do álbum de estreia dos Simple Minds, Life in a day. Depois de assinarem contrato com a editora independente 4AD, em 1982, Robin Guthrie e sua namorada, Elizabeth Fraser, iniciam uma história contada através de uma longa edição discográfica onde o primordial era o som, não as palavras. Tanto que, muitos fãs achavam que ela (Liz Fraser) simplesmente balbuciava palavras que não existiam.

Em 1988, já com o terceiro elemento, Simon Raymonde, é lançado, "Blue Bell Knoll", álbum que marca a assinatura do contrato com a multinacional Capitol Records que abriria as portas da banda para o mundo. O título evoca uma antiga lenda celta sobre a morte. Somente aqueles que estão próximos da morte podem ouvir o som do blue bell (uma planta que tem flores azuis em forma de sino). Neste disco, aparecem combinações instrumentais diferentes e variadas. O som da guitarra e baixo alia-se aos sons do xilofone, clavicórdio e marimba, produzindo uma sonoridade rica, densa e fluida, conferindo um certo tom impressionista às melodias, evocando diferentes texturas e imagens. Como curiosidade, foi retirado deste álbum e apenas no Japão, o single "Athol-Brose", depois desta música ter sido utilizada num anúncio publicitário de um automóvel.


Apesar de oficialmente não terem acabado, os Cocteau Twins têm participado noutros projectos. Robin Guthrie passou a dedicar-se à sua nova banda, Violet Indiana depois de em 1997, juntamente com Simon Raymonde terem formado a editora Bella Union onde fazem a produção dos seus trabalhos bem como de outras bandas. Desta editora fazem parte nomes como, Explosions in the sky, The Czars, The Dears, Laura Veirs, etc.. Elizabeth Fraser tem vindo a colaborar com vários artistas, como Ian MacCulloch, Craig Armstrong e os famosos Massive Attack.

segunda-feira, 24 de março de 2008

sexta-feira, 21 de março de 2008

Discos Twenty Years: Dead Can Dance "Serpent´s Egg"


Os Dead Can Dance são uma banda à parte, pois é muito difícil catalogá-los, tal é a quantidade de influências que demonstram ao longo da sua longa carreira de 18 anos. A música dos Dead Can Dance, contém elementos típicos da música pop, folk, música medieval, música de origem árabe, que se misturam constantemente com ritmos tribais, ou com música de câmara, de modo a criar ambientes únicos, plenos de espiritualidade, plenos de alma. Confesso ser das minhas bandas favoritas.

Apesar de existirem desde 1981 é com a mudança para Londres e a assinatura de um contrato, em 1984, com a editora de Ivo Watts, a 4AD, é que começei a fechar-me no meu quarto para ouvir esta dupla Australiana formada por Lisa Gerrard e Brendan Perry. É difícil escolher o melhor disco desta banda tão especial, por isso "Serpent´s Egg" (que contém "THE HOSTE OF SERAPHIM", "SEVERANCE" E "ULLYSES") é apenas o quarto álbum dos Dead Can Dance, que procura VIDA nos seus mais variados instrumentos musicais, que por si só são objectos inanimados, MORTOS.

Hoje faz 3 anos que tive a oportunidade única e quase impossível, de os vêr ao vivo em Madrid no Teatro Lope de Vega, tornando-me num dos poucos Portugueses que pôde ter esta felicidade.

Eu e mais quatro amigos (Mara, Orlando, Pedro Castro e Zéquinha) descobrimos que afinal, e apesar de ser mais longe, é muito mais barato vêr concertos em Madrid do que em Lisboa e tudo tem haver com o facto de não existirem portagens nas excelentes estradas que unem o Porto a Madrid. Dá que pensar!!!???

Aprendam e divulguem porque há coisas que neste regime, no qual nos encontramos, precisam de sêr comunicadas, para um dia não existir o arrependimento da falta de comunicação.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Discos Twenty Years: Wire "A bell is a cup"


Banda de Colin Newman que surgiu em 1976 na explosão punk britânica, mas cataloga-los como banda punk seria injusto para uma banda que soube crescer no tempo, não ficando presos a fórmulas feitas, evoluindo, inovando e reinventando o seu próprio som. Em 1977 surgem com o primeiro álbum "Pink flag", obra de referência que se mantém super actual.
"A bell is a cup" é o sexto trabalho dos Wire e talvez o mais acessível, donde foi extraído o single "Kidney Bingos" que penso ser a canção mais conhecida da banda. A 29 de Outubro de 1988, tivemos a oportunidade de assistir à apresentação, ao vivo, deste álbum dos Wire, no Pavilhão Infante Sagres, ficando a primeira parte a cargo dos Mão Morta.

The Woodentops - well well well/stop this car

domingo, 16 de março de 2008

Discos Twenty Years: The Woodentops "Wooden foot cops on the highway"



A falta de sucesso e popularidade foram determinantes para o fim de uma das bandas mais genias da decada de 80 que foram banda suporte dos The Smiths, Nick Cave e The Pogues. Tudo começou na primavera de 1983 com Rolo Mcginty, autor da letra e música dos Woodentops, e mais quatro amigos. Depois de alguns singles e ep´s, só em 1985 conseguem editar o primeiro trabalho de longa duração "Giant", muito acarinhado pela imprensa especializada, facto que levou-os a fazer uma longa digressão internacional que passou pelos Estados Unidos, Japão e Europa, terminando este periodo de maior destaque para a banda com a edição do álbum ao vivo "Hypno Beat" em Novembro de 1986. Na primavera do ano seguinte visitam Portugal para um concerto no Rock Rendez Vous e em 1988, ano da edição de "Wooden foot cops on the highway" regressam para realizar outro em Matosinhos.


A falência da Rough Trade em 1991 contribuiu para o declínio e desmembramento da banda que, tanto quanto sei e á imagem do que tem acontecido com muitas bandas da época, regressou em 2006 aos concertos ao vivo, estando a preparar novo trabalho.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Discos Twenty Years :The Waterboys "Fisherman´s Blues"




Este é o disco que marca a consagração dos Waterboys, banda liderada por Mike Scott, e uma reviravolta do estilo musical a que nos habituou com os 3 primeiros trabalhos. Em 1983 iniciam a sua carreira com o álbum homónimo "The Waterboys" e começa aqui um processo criativo normal que os conduz, no ano seguinte, ao "A Pagan Place".Em 1985 gravam "This Is The Sea" que, com o hit single "the whole of the moon", lhes permite atingir o mainstream. Depois de uma longa estadia na Irlanda, Scott, influênciado pela folk irlandesa, regressa em 1988 para editar o trabalho mais aclamado da sua carreira, "Fisherman´s Blues".



Em 2008 faz também cerca de 20 anos que milhares de pessoas se deslocaram até ao Pavilhão das Antas, para assistirem a um concerto esgotado de Waterboys, que nunca chegou a ser feito por motivos de falta de segurança!!!. Hoje eles regressam ao Pavilhão Municipal de Gaia, praticamente pelo mesmo preço de bilhete, e juram não cancelar. Deste álbum, para ouvir, deixo aqui uma escolha pessoal, "When ye go away", um hino da folk music.

segunda-feira, 10 de março de 2008

"Os Dias da MadreDeus" de Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão, Gabriel Gomes, Francisco Ribeiro e Teresa Salgueiro


Os Madredeus são, sem dúvida alguma, o projecto musical português com mais êxito e dimensão mundial. Ainda hoje pergunto se alguma vez o Pedro Ayres Magalhães e o Rodrigo Leão imaginavam ou sonhavam com toda esta projecção quando em 1985 se juntavam para ensaiar este inovador projecto. Comprovei todo este sucesso, quando em 1990 a C.M.Matosinhos resolve oferecer um concerto dos Madredeus no Mosteiro de Leça do Balio. Bem, a confusão foi total, com uma massa humana apinhada dentro do Mosteiro e muitas mais fora dele a tentar entrar a todo o custo. Sem condições, a banda resolveu abandonar o altar do Mosteiro, transformado em palco, à terceira música e eu, com muita pena, aproveitei para fugir porque não me sentia seguro, mas ficou para sempre a emoção provocada pelo momento, aconteceram os "arrepios na espinha" e a Teresa Salgueiro a cantar com as mãos à cintura torna-se imagem de marca. Sobre "Os Dias da MadreDeus", o primeiro disco da banda e obra de referência da música portuguesa, quero apenas realçar o facto de ter sido posto à venda na primeira semana de Dezembro de 1987, foi gravado ao vivo durante as noites de 28,29 e 30 de Julho do mesmo ano no convento da Madre de Deus e a preciosa voz da Teresa Salgueiro tinha apenas 18 anos. A história desta obra conta ainda, a título de curiosidade, que o quinteto durante a gravação tocou descalço para evitar qualquer tipo de ruído e a mesma era interrompida sempre que passava um carro eléctrico na rua. O duplo LP tem ainda o tema "A estrada do monte", que é retirado nas posteriores edições em CD. "A vaca de fogo" torna-se o tema que melhor os representa, imortalizado em vídeoclip realizado por Paulo Miguel Fortes em 1989.

terça-feira, 4 de março de 2008

Factory and Fundação Atlântica All Stars Performance

Estamos em 1984 no club Hacienda e em palco estão as estrelas da editora Factory. Bernard Sumner(New Order), Vini Reilly(Durutti Column),Quando Quango, The Wake, The Raincoats, A Certain Ratio e os 52nd Street juntam-se em palco para tocar um medley que começa com "cool as ice","shack up", confusion" e termina com "love will tear us apart". Mais uma feliz descoberta de época com uma duração de 10m.

Fundação Atlântica


Esta foi a primeira editora independente Portuguesa, fundada em 1982 pelo Pedro Ayres Magalhães, Miguel Esteves Cardoso e Ricardo Camacho, entre outros, que, infelizmente, por falta de gestão financeira, encerrou passado dois anos, deixando uma obra que neste momento é bastante valorizada e procurada pelo mercado coleccionista. A Emi-Valentim de Carvalho ficou com todo o catálogo, reeditando posteriormente alguns trabalhos em formato CD.
Para além de ter editado bandas portuguesas, esta editora foi mais longe porque devido à amizade existente entre Miguel Esteves Cardoso e Tony Wilson (Factory Records), editou também bandas inglesas. A obra deixada é praticamente constituida por discos de culto. Dos Portugueses quero destacar o primeiro trabalho dos Sétima Legião "A um deus desconhecido"(LP1984) e a estreia a solo de Paulo Pedro Gonçalves dos Heróis do Mar, com os "Rapazes de Lisboa"(7"1984). Dos Ingleses destaco Durutti Column que, depois da passagem pelo festival Vilar de Mouros 82, grava "Amigos em Portugal"(LP1983), Quando Quango com o maxi "Love Tempo"(12"1984), um intemporal tema de dança, The Wake "Talk about the past"(12"1984), banda de Bobby Gilespie que mais tarde iria ser baterista dos Jesus & Mary Chain e fundar os Primal Scream, Young Marble Giants em parceria com os projectos paralelos The Gist e Weekend gravam o indispensável "Nipped in the bud"(LP1984), The Raincoats "Moving"(LP1984) colectivo feminino que tinha como líder a Portuguesa Ana da Silva e como fã Kurt Cobain e para terminar Virginia Astley "From gardens where we feel secure"(LP1985)aquele que penso ter sido o último trabalho editado antes do fecho.

Ricardo Camacho juntou-se aos Sétima Legião, Miguel Esteves Cardoso torna-se escritor e Pedro Ayres Magalhães que nesta altura ainda pertencia aos Heróis do Mar, começou a ensaiar com Rodrigo Leão (Sétima Legião) um novo projecto musical ao qual chamariam MADREDEUS.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Morrissey, Johnny Marr, Mike Joyce e Andy Rourke

Foi com alguma surpresa que encontrei no You Tube esta curta entrevista aos Smiths, feita pelo Tony Wilson, patrão da Factory Records e do club "Hacienda", em 1985 quando o "Meat is Murder" entra directamente para o primeiro lugar do Top Britânico. A não perder.

domingo, 2 de março de 2008

A despedida dos The Smiths


Em 1987 0 álbum "Strangeways, here we come" marca o fim dos Smiths. Em 1988 lançam "Rank", um disco ao vivo que encerra o divórcio de uma das bandas mais populares de Manchester. Este disco, para além de ter a belíssima Alexandra Bastedo na capa, é uma selecção de músicas de um concerto realizado em Outubro de 1986, no The National Ballroom em Londres. Morrisey inicia neste ano e de uma forma brilhante, a sua carreira a solo com "Viva Hate", mas sem as guitarras de Johnny Marr, a música ficou muito diferente.