quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
A despedida do ano 1988
Primeiro queria começar por agradecer ao Puto, à Sakiko Wang, ao Eduardo, à Lau, ao Malta, ao Barbed Wire, ao Noronha, ao André Faria, ao Dudes, ao iTeixeira, à Alice, à iMaria, ao Kay com especial abraço para o meu clube de fâs de Carrazeda de Ansiães e por fim ao Roque Santeiro.
Também queria agradecer aos ilustres desconhecidos que por aqui passaram como é o caso do Mancha, ao Luis Cardoso que com o seu comentário engrandeceu este blog pois ficamos todos a saber que o primeiro Maxi-Single da música portuguesa aconteceu em 1978 e pertence aos Arte & Oficio e finalmente ao M.A., que desconfio ter uma costela portuense o que me leva a crer que um dia irei conhecê-lo pessoalmente. Já agora aproveito para salientar o grande trabalho realizado pelo M.A. no seu April Skies.
Queria também agradecer a todos aqueles que me acompanharam nas dez sessões do "20 Years" e que aqui foram tratados com todo o carinho e estima possível. Obrigado a todos.
Queria também agradecer a TI e, como também sou educado, a SI.
Ainda não decidi o futuro desta República, mas tenho a certeza que não vou poder mais dispensar o tempo que é necessário para fazer um trabalho, no mínimo, razoável. Resta-me desejar um bom ano de 2009, deixando-vos com uma canção de 1988 retirada de um dos bons álbuns desse ano, "Tender Pervert" de Momus. Espero que gostem.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Discos Twenty Years: Fugazi "Fugazi" EP

Os Fugazi também foram famosos por ser a banda preferida do pessoal que seguia o chamado "Straight Edge" que é, antes de mais nada, uma música dos Minor Threat, a banda de hardcore que Ian MacKaye liderava na primeira metade dos anos 80, que serviu para baptizar um movimento comportamental dentro da cena punk. O straight-edge foi importante para provar que ser um punk não era sinónimo de ser imoral, violento, vândalo ou nazi. A filosofia straight-edge solicita aos seus seguidores que não consumam drogas, álcool, que não se entreguem a relações sexuais casuais e promíscuas, que pensem com uma mentalidade comunitária e que não se deixem nunca arrebatar pela violência.
A banda começou sua caminhada em 1987, na capital americana Washington e foi erguida das ruínas de algumas bandas importantes na consolidação do hardcore americano. Dos Minor Threat, banda que é hoje considerada uma das mais importantes da história do hardcore ,lado a lado com os Dead Kennedys e os Hüsker Dü, saiu o vocalista Ian McKaye. Dos Rites Of Spring, o guitarrista e vocalista Guy Picciotto. A banda foi completada pelo baixista Joe Lally e pelo baterista Brendan Canty. Através dos anos 90, lançaram, sempre via Dischord, os seguintes álbuns:
"13 Songs", que reúne os dois primeiros EPs lançados pela banda, o homónimo de 1988 e o "Margin Walker" de 1989; "Repeater", de 1990 que foi reeditado no mesmo ano com 3 faixas extra, que tinham sido lançadas no EP "3 Songs"; "Steady Diet Of Nothing", de 1991; "In On The Kill Taker" de 1993; "Red Medicine" de 1995; "Instrument", banda-sonora de um documentário sobre a banda editado em 1998; "End Hits" de 1999.
Este vídeo é para prestarem atenção à letra.
A despedida dos Hüsker Dü

Os Hüsker Dü foram uma das mais importantes bandas do underground americano durante os anos 80. Com uma sonoridade inovadora e revolucionária, a banda é sinónimo de power trio.
Formados em St. Paul, Minnesotta por Bob Mould, na voz e guitarra, Greg Norton, no baixo e Grant Hart, na voz e bateria, os Hüsker Dü começaram, em 1979, a tocar hardcore inspirado e influenciado pelo cenário californiano. Com as composições e vocalizações a cargo de Bob Mould e Grant Hart, o início da carreira da banda era concentrado num som agressivo e rápido, remanescente de bandas como Black Flag, Minor Threat e Dead Kennedys. Na sequência, o som da banda foi ficando mais elaborado sendo o ponto chave dessa mudança o álbum duplo "Zen Arcade" de 1984 e a partir daí, os Hüsker tornaram-se num ponto de referência para o chamado indie rock durante os anos 80 e 90.
Depois de lançarem em 1985, pela SST, "New Day Rising" e "Flip Your Wig", os Hüsker Dü tornaram-se na primeira banda independente, pós-punk, da primeira metade da década de 80 a assinar um contracto com uma grande editora, a Warner Brothers, onde editaram "Candy Apple Grey", em 1986 e "Warehouse: Songs And Stories", o seu ultimo trabalho, em 1987.
Os motivos que levaram ao fim da banda são os mesmos de sempre, a dependência de droga e álcool. Neste caso os protagonistas foram Mould, que muito cedo fica recuperado e Hart que não demonstrava sinais de recuperação, ficando grande amigo da heroína.
Hart recuperou-se do abuso de drogas e formou uma nova banda, os Nova Mob. Greg Norton tornou-se chefe de cozinha em restaurantes de Minneapolis. Bob Mould começou uma carreira a solo, explorando sonoridades mais intimistas e acústicas e após lançar dois álbuns, "Workbook" (1989) e "Black Sheets of Rain" (1990), forma o trio Sugar em 1992.
Para ouvir deixo-vos com "Something I Learned Today", tema retirado do duplo álbum "Zen Arcade" e para vêr deixo-vos com mais uma das minhas homenagens a um canadiano que teve a feliz idéia de realizar um vídeo por dia durante um ano, onde ele mostra partes da sua bonita cidade, Hamilton (Ontário, Canada), a dançar. Já o tinha mostrado a dançar o "Sex Beat" dos Gun Club e o seu nome é Mike. Viva os Hüsker Dü e viva o Mike.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Os 4 senhores, Bob, Leonard, Neil e Tom em 1988
Discos Twenty Years - Bob Dylan "Down in the Groove"
Robert Allen Zimmerman aka Bob Dylan nasceu em 24 de Maio de 1941, em Duluth, Minneapolis, E.U.A.. A sua imagem com a guitarra e a harmónica e a sua inconfundível voz fanhosa, tem, só por si, um efeito poderoso. Este é provavelmente um dos discos menos interessantes de Bob Dylan, constituído na sua maioria por versões. Uma das últimas passagens por Portugal foi em 2004 no Festival de Vilar de Mouros. Este ano no dia 11 Julho actuou no Festival Optimus Alive.
Discos Twenty Years - Leonard Cohen "I´m Your Man"

Leonard Cohen nasceu em 21 de Setembro de 1934 em Montreal, Canada. Começou por ser escritor, com quatro livros publicados, mas na segunda metade da década de 60 resolve ser o Dylan canadiano. Músico e escritor de canções, é facilmente reconhecido pela sua voz grave e pelo modo como canta a impossibilidade do amor, as mulheres, a solidão, os heroísmos e outras ilusões. Este disco é uma das suas obras obrigatórias e mostra tudo aquilo que acabei de escrever. Depois de dois concertos em 1985 e 1988, este ano regressou a Portugal, dia 19 de Julho, para mais um no Passeio Marítimo de Algés.
Discos Twenty Years - Neil Young "This Note´s for You"

Neil Young nasceu em 12 de Novembro de 1945 em Toronto, Canada. A sua atitude é de rocker que o tornou uma espécie de referência histórica para o movimento grunge. De todos os músicos que aqui são referidos é ele quem transporta, com mais convicção, o estandarte do rock´n´roll.Nunca abandonou o seu estilo, que viajou entre o folk e o rock, e manteve-se fiel às suas causas socias e políticas. Este disco foi um fracasso comercial e era evidente que ele para ganhar o seu público de volta teria de voltar à fazer o mesmo tipo de música que eles tinham gostado, uma década antes. Neil Young actuou este ano em Portugal no Festival Optimus Alive no dia 12 de Julho.
Discos Twenty Years - Tom Waits "Big Time"

Thomas Alan Waits nasceu em 7 de Dezembro de 1949 em Pomona, na Califórnia, E.U.A.. A extrema rouquidão da sua voz, combinada com interpretações densas, tornou-o num dos artistas mais cultuados do jazz e blues da sua geração. Para além de ser cantor e compositor, ele ainda acumula uma carreira como actor, aparecendo em diversos filmes do realizador de cinema Francis Ford Coppola, de quem Waits é muito amigo. Foi também nomeado para um óscar pelas suas canções no musical "One From the Heart", onde ele também desempenha o papel principal. Este disco é o resultado de um filme concerto-teatral, fruto de uma colaboração entre o casal, Kathleen Brennan e Tom Waits. Como é muito raro ele fazer digressões, este filme é um momento único, que nos faz lamentar a perda dos seus concertos ao vivo.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
20 YEARS PARTY PEOPLE (PART X)
O Fernando é o irrequieto baixista dos X-Wife e é uma daquelas figuras que, desde 1999, me fui habituando a vêr crescer. Citando a Sakiko, a sua maior admiradora, todo ele é "feito da nobre fibra mercediana".
Confesso admirador do homem e da obra de Bob Dylan, o Fernando começou a ouvir música um pouco tarde e foi graças ao seu pai que, ao oferecer-lhe uma guitarra, o faz despertar para esta paixão. A aprendizagem do instrumento foi muito rápida e foi feita a imitar as guitarras de dois álbuns, o "Siamese Dream" dos Smashing Pumpkins e o "The Bends" dos Radiohead que curiosamente são, para mim, os melhores trabalhos das duas bandas. A vontade de fazer parte de uma banda era tão grande que o faz responder a um anúncio e como consequência começa aqui a sua carreira musical como guitarrista dos Silky, uma banda de glam rock. Apesar de ter sido uma experiência curta, os Silky conseguem tocar no Canadá, local onde também gravam o seu disco de estreia. Depois seguiram-se os Stealing Orchestra e em 2002 os X-Wife, banda que forma com dois amigos de longa data, o Rui Maia e o Jonas.
Os X-Wife são a banda do momento com uma história contada através de três álbuns e um reconhecimento que vai muito além das fronteiras portuguesas. Sou grande admirador da banda e sinto-me muito honrado por eles terem escolhido as pedras d´"O meu Mercedes..." para forrarem partes do seu vídeo de estreia.
Amanhã, vai ser também uma noite de estreia para o Fernando, onde a canção irá ser a grande aposta da noite.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Discos Twenty Years - The Pogues " If I Should Fall From Grace With God "

Shane MacGowan, um punk irlandês inspirado pelos The Clash, formou os Pogues em 1982 depois de conhecer Spider Stacy numa estação de metro em Londres, onde Stacy tocava flauta. Os dois começaram a ensaiar juntos e recrutaram um velho conhecido de Macgowan, James Fearnley para tocar guitarra, Jem Finer para o banjo, Andrew David Ranken para a bateria e Cait O'Riordan para o baixo. Através das suas actuações excitantes, selvagens e embriagadas, os Pogues muito cedo começaram a ganhar grande reputação e em 1984 acompanharam os Clash, como banda suporte, durante a sua digressão de Verão e no final deste ano lançaram o aguardado debute "Red Roses for Me". No início de 1985, o guitarista Philip Chevron junta-se à banda e pela mão do ilustre Elvis Costello é lançado "Rum Sodomy and the Lash" o álbum a partir do qual os descobri e que me faz recuar no tempo de uma forma única, porque foi daqueles discos que mais tempo permaneceu com uma agulha em cima. Foi sem dúvida o disco que mais me fez dançar na cave da casa do Rui Jorge, com os meus amigos Fernando Jorge, Joca e Fernando Paulo. Em 1987 participaram no filme de Alex Cox "Straight To Hell" e no final do mesmo ano, Cait O'Riordan deixa a banda para se casar com Elvis Costello, sendo substítuida por Darryl Hunt. No início de 1988, com produção de Steve Lillywhite lançaram este "If I Should Fall from Grace with God ". Em 1989 lançaram "Peace and Love" e é também neste ano que acontece a primeira e aguardada visita a Portugal para dois concertos alcoólicamente inesquecíveis, sendo o primeiro no Pavilhão das Antas, dia 29 de Abril e o segundo no Coliseu de Lisboa no dia seguinte. Em 1990 é editado "Hell´s Ditch", o último disco para MacGowan. Três anos depois é lançado "Waiting for Herb", seguindo-se passados outros três anos "Pogue Mahone" o último álbum da carreira cujo título recorda o primeiro nome da banda cuja tradução do gaélico para o inglês é "Kiss my ass".
Para além da banda ter sido claramente radical, eles também tiveram sentido de humor, que foi claro no seu maior sucesso comercial que foi o cântico de Natal "Fairy Tale of New York", um dueto entre MacGowan e Kirsty MacColl, que foi muito bem aproveitado pelo realizador de cinema Richard LaGravenese num dos meus filmes preferidos "P.S. I Love You" e que é retirado deste álbum com vinte anos que vos trago hoje. Resta-me desejar um Bom Natal.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Discos Twenty Years - Big Audio Dynamite "Tighten Up, Vol. 88"

No final de 1986, o segundo álbum dos B.A.D. "No. 10, Upping Street", teve a participação do antigo companheiro de Mick Jones, Joe Strummer, tanto na produção como nas letras e mais uma vez, esta dupla é responsável por mais um hit single chamado "V. Thirteen" encerrando, diria eu, um "casamento" cheio de inspiração que uniu estes dois musicos durante 10 anos.
Depois de um intervalo de dois anos, em 1988 a banda lança este álbum, menos conseguido, "Tighten Up, Vol.88" que no ano seguinte é corrigido pelo quarto trabalho "Megatop Phoenix", graças aos singles "Contact" e "James Brown".No final de 1989 a banda separa-se e conhece uma nova formação liderada por Jones com Gary Stonadge no baixo e voz, Chris Kavanagh na bateria e voz e Nick Hawkins na guitarra e voz. Letts, Williams, e Roberts formaram os Screaming Target e Donovan foi recrutado pelos Sisters of Mercy. Em 1991 os B.A.D. II lançaram "The Globe" e em 1994 "Higher Power" já com o nome reduzido a Big Audio, por vontade de Jones. Em 1995 lançaram "F-Punk" cujo single "I Turned Out a Punk" foi muito famoso nas college radio americanas. Mick Jones aparece, mais tarde na produção de discos notáveis como é exemplo "Up the Bracket" dos Libertines.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
HOMENAGEM - Joe Strummer

No dia 22 de Dezembro de 2002, quando estava a meio das gravações do seu quarto álbum "Streetcore" que é lançado em Outubro de 2003, Joe Strummer morre repentinamente de um ataque cardíaco na sua casa em Somerset, Inglaterra. Seis anos depois e para o recordar, "London Calling" um tema onde ele assume a voz , retirado do álbum dos Clash com o mesmo nome, considerado um dos maiores clássicos do rock mundial graças à mistura de géneros musicais, passeando desde o rockabilly até o blues, do punk rock ao reggae.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Discos Twenty Years - Tuxedomoon "Ten Years in One Night"

O punk e a new wave eram a grande novidade da época e por isso preenchia a cena musical de São Francisco. Em 1978 os Tuxedomoon conseguiram fazer a primeira parte de um concerto dos Devo e pouco tempo depois lançaram o seu fabuloso primeiro single, "Pinheads on the Move". Lowe deixa a banda antes de editarem o seu primeiro fantástico EP, "No Tears", que apresentou dois membros intermitentes Michael Belfer, no baixo e Paul Zahl, na bateria. Ainda em 1978 Tong e Belfer deixam temporariamente a banda e Peter Principle entra como membro fundamental, tornando os Tuxedomoon um trio (Brown, Reininger,Principle) com músicos convidados.
Em 1979, os Tuxedomoon assinaram com a editora dos Residents, a Ralph Records , facto que lhes concedeu grande destaque e exposição. Em 1980, sentindo que as suas ideias seriam melhor compreendidas pelos europeus, a banda fez uma longa digressão pela Europa, para apresentar o seu trabalho "Half Mute", que foi acompanhada por Winston Tong e pelo realizador de cinema e artista visual Bruce Geduldig, o grande responsável pelos efeitos visuais dos espectáculos dos Tuxedomoon. Em 1981, depois de editarem "Desire", a banda muda-se permanentemente para Roterdão, onde Reininger começou uma carreira a solo. Em 1982 os Tuxedomoon editaram "Divine" uma obra encomendada para uma das mais famosas e conceituadas companhias de dança do mundo, a Maurice Bejart Ballet. Em 1983 Reininger resolve dar mais atenção à sua carreira a solo e é substituído por Frankie Lievaart e Luc Van Lieshout.
Em 1985 lançaram "Holy Wars", o trabalho mais reconhecido e consequentemente o seu maior sucesso comercial. Neste ano Tong abandonou a banda de forma definitiva. Em 1986 o multi-instrumentista Ivan Georgiev entra na banda para encher o som do álbum "Ship of Fools". Em 1987 lançaram "You" o último álbum de estúdio da primeira fase da banda e tal como Reininger, Brown, Principle e Tong iniciaram carreiras a solo.
Em 1988, em tom de despedida é lançado este "Ten Years in One Night", um disco obrigatório que não é mais que uma recolha de temas tocados ao vivo na Holanda, Italia, Alemanha e Japão. É também um disco nobre pois parte dos lucros foram doados a instituições cientificas que pesquisavam e investigavam o vírus de uma nova doença contagiosa que surgia no mundo, a SIDA.
Em 2004 depois de algumas reedições de trabalhos anteriores e lançamento de discos ao vivo, os Tuxedomoon ressuscitaram e lançaram um novo disco, "Cabin in The Sky" que teve como resultado a primeira visita a Portugal. Foi no dia 7 de Novembro no Teatro Aveirense (Festival Sons em Trânsito) que os Tuxedomoon se apresentaram para um concerto memorável que tive o prazer de desfrutar ao lado de amigos que partilhavam o mesmo culto, o Gonçalo, a Diana, os meus compadres Zé e Guida e a Nucha, a minha eterna companheira. Foi também durante este concerto que tive o primeiro contacto com o Dinis, o meu segundo filho.
Em 2005 voltaram a Portugal, para duas datas, uma na Casa das Artes de Famalicão, dia 12 de Abril e outra em Lisboa, no Fórum Lisboa, no dia seguinte.
Em 2006 lançaram "Bardo Hotel Soundtrack" e em 2007 "Vapour Trails" que os fez regressar a Portugal para o apresentar no dia 16 Fevereiro no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre e meses depois no dia 13 Outubro na Casa da música, Porto.