segunda-feira, 14 de abril de 2008

Discos Twenty Years: The Wolfgang Press "Bird wood cage"



Este é provavelmente o álbum mais vendido deste trio londrino formado em 1983 por Michael Allen(voz), Andrew Grey(guitarra) e Mark Cox(teclados) e é também mais uma das pérolas da editora 4AD.

Depois do primeiro álbum "The Burden Of Mules"(1983), os Wolfgang Press iniciam um trabalho que conta com a colaboração de um dos senhores "anos 80", tal foi a quantidade de trabalhos por ele produzidos, falo de Robin Guthrie que assina a produção imaculada de três Ep´s, "Scarecrow", "Sweatbox" e "Water" que em 1985 são compilados com o nome "The Legendary Wolfgang Press and Other Tall Stories", com alguns temas remisturados e reeditados na sua forma original. Um ano depois segue-se "Standing up Straight" que contém um dueto com a voz feminina mais requisitada de todos os tempos, Elizabeth Fraser, no tema "I am the crime".

"Bird Wood Cage"(1988) torna-se, para mim, o disco obrigatório desta banda que ao longo dos seus trabalhos foi experimentando novas fórmulas sonoras. Neste demonstram maturidade e testam novos ingredientes. Pela primeira vez, é utilizado um coro feminino no single "King of soul", no poderoso "Kansas" é incluído o efeito wah-wha e elementos de dub reggae são detectados no tema"Hang On Me (For Papa)".

terça-feira, 8 de abril de 2008

Ultra Vivid Scene "Mercy Seat"


Cheguei a irritar muita gente com esta música e nunca soube porquê???

Discos Twenty Years: Ultra Vivid Scene "Ultra vivid scene"



Ultra Vivid Scene é Kurt Ralske, um músico de Nova York ultra talentoso e multi-instrumentista. Nos dois primeiros álbuns, o homónimo "Ultra vivid scene"(1988) e "Joy 1967-1990"(1990), Kurt tocou guitarra, baixo, teclados e programação de bateria e somente no terceiro, "Rev"(1992) é que resolveu contratar músicos para o acompanhar.
O som deste primeiro álbum contém influências dos Jesus & Mary Chain e My Bloody Valentine, bandas que assistiu ao vivo durante a sua estadia de 2 anos em Londres. Depois de "Rev", onde tem um dueto com Kim Deal, Kurt desapareceu da cena independente e concentrou todo o seu trabalho na produção musical de inúmeras bandas, como é exemplo Swell, Ivy, Lloyd Cole e Los Planetas. Fundou a sua própria editora, a MIAU-MIAU international, onde fez trabalhos de música electrónica e bandas sonoras para curtas-metragens.
Neste século, Kurt têm-se dedicado ao vídeo digital criando instalações e performances que têm sido exibidas nos melhores museus de arte contemporânea do mundo tendo sido distinguido com muitos prémios. No ano passado KURT RALSKE ganhou uma bolsa da Rockefeller Foundation.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Throwing Muses - Bright Yellow Gun

O maior hino produzido pela banda, retirado do "University"(1995)e já com Bernard Georges no baixo.

Throwing Muses - Counting Backwards


Um dos meus temas preferidos retirado do álbum "The Real Ramona"(1991), que marca um momento de transição da banda com a saída de Tanya Donelly.

Throwing Muses - Juno

Um dos temas do "House Tornado". Este vídeo mostra ainda a formação original com Leslie Langston no baixo e David Narcizo na bateria.

Discos Twenty Years: Throwing Muses "House tornado"


Se gostas de Pixies tens de gostar de Throwing Muses, dizia eu aquando do êxito dos Pixies, com o "Doolittle", que fizeram durante algum tempo as primeiras partes dos concertos da banda de Kristin Hersh e da sua meia irmã Tanya Donelly.

Este é o segundo álbum desta banda de Newport que em 1986 assina um contrato com a editora 4AD de Ivo Watts, tornando-se na primeira banda norte-americana a fazê-lo. Ao contrário da maioria das bandas, das quais prefiro o estado de pureza dos primeiros trabalhos, neste caso é a partir do terceiro álbum, "Hunkpapa"(1990), que presto um maior culto e atenção às Throwing Muses. Quase que me atreveria a dizer que a banda nem sequer ficou a perder com a saída de Tanya Donelly, que funda os Belly em 1991 e toca frequentemente com as Breeders, porque a partir daqui a criação de Kristin Hersh foi muito mais notória, como demonstra "University"(1995) ou "Limbo"(1996), disco que marca o final deste projecto.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Felt - Stained-Glass Windows In The Sky

Este tema, retirado do ep "Poems of the River"(1987), foi um dos que não faltaram no concerto de 1 de Abril de 1988.

Discos Twenty Years: Felt "The pictorial jackson review"



Felt foi um projecto de Lawrence Hayward, cantor e compositor que tinha uma obsessão por Tom Verlaine e os Television. Suas canções minimalistas, e ao mesmo tempo pop, transformaram os Felt numa banda de culto. Depois da edição de dois ep´s, "Crumbling the antiseptic beauty"(1981) e "The splendour of fear"(1984) e o primeiro longa duração, "The Strange Idols Pattern and Other Short Stories"(1984), em 1985 com o lançamento do álbum "Ignite Seven Cannons", os Felt realizaram uma das obras-primas da pop inglesa. O disco produzido por Robin Guthrie( Cocteau Twins), apresentava, sua esposa, Elizabeth Frazer como backing vocal em duas faixas, uma delas era "Primitive Painters". Este single fez disparar as vendas de discos da banda em toda a Europa, chamando a atenção de publicações importantes do meio musical. A partir daqui todo o génio e esplendor de Lawrence continuou a ser registado em mais seis trabalhos, que recomendo e que agora, fácilmente podem ser encontrados em formato cd.

Hoje faz precisamente 20 anos que vieram ao Porto, Teatro Rivoli, para apresentar o álbum "The Pictorial Jackson Review", um ano antes de a banda terminar. Os Pop dell´arte fizeram a primeira parte e este é um dos concertos que vou guardar para sempre nas minhas memórias, apenas por ter sido uma oportunidade única de os vêr, porque depois de uma discografia tão vasta optarem por tocar versões de outras bandas, quatro no total, e repetirem o tema "primitive painters" no encore, num concerto que não chegou a durar uma hora, foi qualquer coisa que nunca cheguei a compreender.